Projeto de extensão desenvolve protótipo de dispositivo de ventilação mecânica pulmonar emergencial de baixo custo

O professor Alexander Fernández Correa, coordenador do projeto, explica que a ideia do projeto surge em função da relevância que possuem os respiradores para o tratamento de pacientes com quadro de insuficiência respiratória em decorrência da Covid-19 e a situação amplamente veiculada pela mídia sobre a falta deste equipamento da rede de saúde.

Ele afirma que do ponto de vista social, com os ventiladores, haverá significativa redução dos custos de fabricação do protótipo proposto em relação a outros equipamentos no mercado. “Uma vez aprovado seu emprego a partir de estudos, protocolos e certificações estabelecidos pela ANVISA, em etapa posterior a este projeto, o dispositivo poderá ser disponibilizado para produção por empresas interessadas, de forma que possa ser empregado no sistema de saúde como forma alternativa aos outros modelos desse tipo de equipamento, o que poderia contribuir no melhoramento da capacidade de resposta do sistema de saúde”, explicou.

Do ponto de vista acadêmico o projeto se torna um importante desafio para os docentes e alunos no desenvolvimento de uma solução alternativa que possa contribuir aos esforços comuns para amortizar os efeitos da atual pandemia. Os bolsistas irão a colaborar em todas as fases do desenvolvimento do protótipo de ventilador mecânico, que vão desde os estudos teóricos sobre funcionamento do respirador, a definição de sensores e sua calibração, o projeto e construção da estrutura do acionamento do equipamento AMBU (Unidade Manual de Respiração Artificial) e do corpo do respirador, o desenvolvimento de aplicativos de monitoramento e o projeto eletrônico necessários, até a calibração e realização de testes a nível de laboratório em relação com a operação do respirador.

Sobre os resultados esperados, o coordenador diz que almeja-se a obtenção de um protótipo funcional de dispositivo de Ventilação Mecânica Pulmonar Emergencial de Baixo Custo que mantenha sua integridade de funcionamento e manutenção dos seus parâmetros durante um ciclo de operação de 30 dias com operação ininterrupta por 24 horas, que possa ser submetido em etapa posterior a testes segundo os protocolos e certificações estabelecidos pela ANVISA e que concluído este processo possa ser realizada uma transferência de tecnologia às empresas interessadas na sua produção de forma de possa ser aumentada a capacidade de resposta do sistema de saúde perante a pandemia pelo novo coronavírus.

Contato: alexander.fernandez@ufrr.br