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Show de Naná Vasconcelos abre V Semana da Consciência Negra na UFRR

Published: Friday, 14 November 2014 10:30 | Last Updated: Wednesday, 21 July 2021 11:12


A Universidade Federal de Roraima promove de 17 a 21 de novembro a V Semana da Consciência Negra e Patrimônio e o VI Festival de Capoeira. Haverá oficinas, exposições fotográficas e mostras audiovisuais, entre outras atividades.

A abertura da programação será feita com um show do percussionista Naná Vasconcelos, que se apresentará no Centro Amazônico de Fronteira, campus Paricarana.

O show terá entrada franca e começa às 19h do dia 17. Naná vai apresentar seu show solo, o Bater do Coração, com o qual já circulou em turnê pela Europa, Estados Unidos e Japão.

ATIVIDADES – As inscrições para as oficinas de alfaia, capoeira, máscaras africanas em cerâmica, trança nagô, miçanga, ervas medicinais, flores em tecido e lindô já pode ser feitas enviando e-mail para This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it. ou ligando para 3621 3166. Além das oficinas, que serão das 18h30 às 20h, a programação conta com palestras, apresentações culturais, exibição de documentários e filmes, barracas de comidas típicas e artesanato.

O VI Festival de Capoeira terá a presença de três importantes figuras da arte-luta brasileira: mestre Cobra Mansa, quem estará pela primeira vez na cidade, realizará oficinas e exibirá seu documentário “Jogo de corpo: capoeira e ancestralidade”; mestre Capixaba, com a bagagem de mais de 40 anos dedicados à capoeira regional; e mestre Dunga, que participa mais uma vez da programação.

Veja detalhes na imagem: 

HISTÓRICO - Em novembro de 2010, a Universidade Federal de Roraima iniciou as celebrações da Consciência Negra. No ano seguinte, o evento uniu-se ao Festival de Capoeira e passou a ser comemorado na semana do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro. Com isso, ganhou força, recebeu novos parceiros, como o Iphan e a Prefeitura de Boa Vista, e passou a englobar diversas áreas do patrimônio. 


PERFIL DE NANÁ VASCONCELOS

Juvenal de Holanda Vasconcelos nasceu no Recife. Mesmo depois de duas décadas tocando pelo mundo, morou em Paris e Nova York, as influências de sua terra estão presentes em tudo o que faz. Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 60 tenha se especializado no berimbau.


Depois das mais variadas experiências musicais, Naná Vasconcelos mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar com Milton Nascimento. Em 1970, o saxofonista argentino Gato Barbieri o convidou para juntar-se ao seu grupo. Apresentaram-se em Nova York e Europa, com destaque para o festival de Montreaux, na Suíça, onde o percussionista encantou público e crítica. Ao término da turnê, fixou residência em Paris, França, durante cinco anos, onde gravou o seu primeiro álbum - “Africadeus” (71). No Brasil, Naná gravou o seu segundo disco “Amazonas” (72). Começou, então, uma bem-sucedida parceria com o pianista e compositor Egberto Gismonti, durante oito anos, que resultou em três álbuns - “Dança das Cabeças”, “Sol do Meio-Dia” e “Duas Vozes”.


De volta a Nova York, formou o grupo “Codona”, com Don Cherry e Colin Walcott, também gravando e fazendo turnê com a banda do guitarrista Pat Metheny. Trabalhando com artistas das mais variadas tendências, Naná Vasconcelos gravou com B.B. King, com o violinista francês Jean-Luc Ponty e com o grupo de rock americano Talking Heads, liderado por David Byrne. Nessa altura, Naná já havia trabalhado nas trilhas dos filmes "Procura-se Susan Desesperadamente”, de Susan Seidelman, estrelado por Rosanna Arquette e Madonna, e "Down By Law", do cultuado diretor Jim Jarmusch, além de “Amazonas”, de Mika Kaurismäki.


O trabalho de Naná sempre demonstrou a amplitude do seu talento, e nos anos 80 gravou o disco “Saudades”, concerto de berimbau e orquestra. Depois, vieram os álbuns “Bush Dance” e “Rain Dance”, suas experiências com instrumentos eletrônicos. Daí por diante, Naná esteve envolvido mais diretamente com o cenário musical brasileiro ao fazer a direção artística do festival Panorama Percussivo Mundial (Percpan), em Salvador, e do projeto ABC Musical, além de participações especiais em álbuns de Milton Nascimento, Caetano Veloso, Marisa Monte e Mundo Livre S/A, entre outros.


Em meio a inúmeros lançamentos fora do país, Naná Vasconcelos lançou no Brasil o disco “Contando Estórias” (94), depois os CDs "Contaminação" e “Minha Lôa”. No fim de 2005, lançou “Chegada”, pela gravadora Azul Music, e em 2006, o CD intitulado “Trilhas”. No final de 2010, Naná lança seu mais recente trabalho autoral, o CD “Sinfonia e Batuques”, misturando percussão e cordas, experimentando células ritmicas feitas na água, entre outra invenções.


O disco foi agraciado com um Grammy Latino, na categoria Álbum de Música Regional, em novembro de 2011. Com raízes pernambucanas, Naná idealizou o projeto ABC das Artes Flor do Mangue, trabalho com crianças carentes. Uma trajetória de vida que esbanja virtuosismo musical e integridade pessoal em tudo o que faz e toca. Informações mais detalhadas sobre o artista podem ser encontradas no seu site - http://www.nanavasconcelos.com.br.

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