O Dia do Artista Plástico é comemorado neste domingo
O Dia do Artista Plástico é comemorado em 8 de maio no Brasil. Esse profissional é responsável por criar manifestações artísticas com pinturas, esculturas, arquitetura, artesanato artístico e artes gráficas. É por esses meios que o artista transmite ideias, valores e interpretações de seu cotidiano.
A profissão de artista plástico se desenvolve com base em técnicas e estudos aprofundados sobre desenhos, formas e cores, etapas que ajudam a desenvolver um olhar crítico e característico de um artista plástico.
A Universidade Federal de Roraima (UFRR) oferta o curso de Licenciatura em Artes Visuais desde 2010. Criado por meio da resolução 008/2009 do Conselho Universitário, conta atualmente, com 11 docentes e 169 alunos ativos. O curso já formou 52 artistas visuais.
Confira a homenagem das pessoas que fazem ou já fizeram parte do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UFRR:
Quando penso em arte, sempre vem à minha cabeça: “todo mundo nasce artista”. Essa é uma das expressões mais verdadeiras que alimento diariamente, é quase um mantra. Desde criança, manifestamos várias formas de expressão artística, seja dançar ou cantar, mas, em específico, no campo das Artes Plásticas/Visuais, já marcamos nossos primeiros traços no próprio chão, com o dedo. Se tivermos lápis, caneta, ou qualquer objeto que risque, riscamos paredes e logo saem os primeiros desenhos. A forma na qual somos conduzidos durante a infância, ou ainda, se tivermos incentivo de pessoas próximas que atuem no campo das artes, ajudam a desenvolver nossa criatividade e pensamento crítico. Dentre alguns ambientes que temos para desenvolver nossas habilidades artísticas, a escola é um dos primeiros espaços que proporcionam o maior encontro a esse universo encantado. Sim, poder se expressar por meio da arte é um elo de conexão de nosso interior com o mundo externo que ocorre de forma mágica. Pensamentos viram linhas, formas, cores, esculturas, performance, fotografia. Sendo a Escola esse espaço, podemos perceber a importância de um professor de Artes na vida não apenas na fase infantil, mas em todo percurso escolar, incluindo o nível superior. Nossos acadêmicos do curso de Licenciatura em Artes Visuais passam ao menos quatro anos estudando, aprendendo, desenvolvendo novas habilidades técnicas para poder atuar no campo da educação e mostrar através das aulas, enquanto futuros professores, o quanto a arte é transformadora em nossas vidas. Neste dia 8 de maio, no qual se homenageia o artista plástico, que possamos não apenas nos deliciar das maravilhas deixada e realizadas por grandes artistas, mas que também possamos permitir que nosso artista interior se manifeste, se permita e perceba que um mundo com mais cores é leve.
Dayana Paes – Docente do curso de Artes Visuais da UFRR.
Segundo Beatriz Milhazes: "Existe um mundo a ser descoberto, mas ele está dentro de cada um." A arte é uma forma de cada um se descobrir e ela está me ajudando nesse trajeto. Entrei no curso com a esperança de polir minha construção artística e um dia conseguir tocar e ajudar outras pessoas em suas manifestações artísticas. Arte é uma forma de mudarmos a visão que existe desse mundo caótico e conseguir transformá-lo.
Isaac Gabriel Ferreira Dias – Discente do 1° semestre do curso de Artes Visuais da UFRR.
Sou uma mulher indígena pertencente aos povos Macuxi e Wapichana, licenciada pelo curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Roraima desde 2018. Ser artista visual é um desafio constante: buscar novos conhecimentos, divulgar seu trabalho de forma independente, a presente desvalorização da profissão de artista, a falta de incentivo à cultura por parte das instituições públicas, entre tantas outras questões que cercam esta coletividade. Tudo isso, infelizmente, faz parte da realidade do que é “viver de arte” no Brasil contemporâneo e muitos, como no meu caso, optam em procurar uma fonte de renda fixa em outros setores ou mesmo se adaptam para executar diferentes tarefas neste meio. Trabalhar por amor é bom, porém não paga as contas. No entanto, exercer esta atividade me permite o autoconhecimento e também a refletir sobre questões específicas, que envolvem a sociedade que me cerca, através da temática que investigo em minhas visualidades. Além disso, sentir com o toque das mãos as linhas, os tecidos, os pincéis, a agulha e as texturas me desperta sensações indescritíveis de liberdade, completude e satisfação (ou o contrário). Criar, tecer, bordar, crochetar têm me proporcionado momentos de refúgio e escape nestes tempos loucos para quem sente muito. Em uma complexa relação de amor e ódio, vou trilhando passos e colaborando na busca por um mundo de possibilidades e questionamentos.
Georgina Sarmento – Egressa do curso de Artes Visuais da UFRR.
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