Comissão prepara ações de saúde mental na UFRR

Empossada em fevereiro passado, a Comissão de Atenção à Saúde Mental da Universidade Federal de Roraima (UFRR) está organizando ações em parceria com diversos setores da instituição. A comissão é fruto de um levantamento que apontou a necessidade de atuar para tornar-se um espaço mais sensível, responsável e consciente sobre a integridade socioemocional da comunidade acadêmica.

Formada por técnicos e docentes, é resultado de uma das recomendações do relatório dos trabalhos da Comissão de Mapeamento da Rede de Atenção Psicossocial da UFRR. Tem como atuais integrantes Paola Kessy de Souza Belo, que atua como presidente, e Fernando José Ciello, Maria Andrelina do Nascimento Oliveira e Marcelo Naputano.

No momento, a comissão trabalha na redação dos documentos necessários para instituir uma Comissão Permanente em Saúde Mental. Também foca em sua atuação de caráter consultivo no planejamento e também na implementação de ações em saúde mental no âmbito da UFRR, além de articular com as unidades administrativas e acadêmicas a execução dessas ações e dos serviços existentes.

“É importante ressaltar que a comissão não será um espaço para realização de atendimentos psicoterapêuticos, psiquiátricos ou de qualquer outra natureza. Trabalharemos para o fortalecimento dos serviços já existentes, no diálogo com unidades e setores”, explica a presidente Paola Belo.

Um estudo indica que há desconhecimento sobre práticas de promoção e prevenção em saúde mental por grande parte da comunidade da UFRR. Também aponta uma tendência de considerar terapias, sejam medicamentosas e/ou psicológicas, como a única via de cuidado, em detrimento da prevenção.

“A crença em um modelo hegemônico (psiquiátrico, psicológico, medicamentoso) de compreensão da saúde mental não está restrita aos muros da universidade. Contudo, por meio de sua atuação no ensino, na pesquisa e na extensão, a universidade pode contribuir para mudar esse cenário, afirma Paola.

Conforme a presidente, a comissão também é uma oportunidade de abordar a importância de mudanças nos modelos vigentes, de fomentar uma compreensão mais complexa sobre saúde e fortalecer ações de prevenção e promoção.