Dia do Administrador: curso foi um dos primeiros a ser ofertado na UFRR
Nesta quinta-feira (9/9) comemora-se o Dia do Administrador. Nesta data, em 1965, foi sancionada a lei N° 4.769, regulamentando a profissão. Na Universidade Federal de Roraima (UFRR), o curso de Administração foi um dos primeiros a ser ofertado pela instituição.
Criado pela Resolução n° 25/91CUNI, em 26 de novembro de 1991, o bacharelado em Administração atualmente possui 198 alunos matriculados e contabiliza 532 profissionais graduados em 30 anos de atividades.
As fotografias que ilustram esta matéria foram gentilmente cedidas pelos professores e registram um pouco das atividades realizadas no curso.
Com um corpo docente formado por 14 professores efetivos e dois substitutos, a titulação do professores divide-se entre 58% com doutorado, 21% em doutoramento, 14% de mestres e 7% de especialistas.
Os docentes efetivos do curso são Antonio José Leite Albuquerque, Carlos Augusto Matos de Carvalho, Daine Tretto da Rocha, Denise Freigó, Emerson Clayton Arantes, Emanoel Maciel da Silva, Geórgia Ferko, Jaqueline Rosa, Luís Cláudio de Jesus Silva, Meire Joisy Almeida Pereira, Rita de Cássia Costa, Rubens Savaris, Saturnino Moraes, Sidney Costa. Os professores que atuam como substitutos são Larissa Gardenia Marques de Lira Feitosa e Sammuel Felipe Chagas de Souza.
O curso já teve quatro projetos pedagógicos implementados ao longo de seus 30 anos. Conforme a coordenadora do curso, professora Meire Joisy Almeida Pereira, os projetos pedagógicos do curso alinham-se ao próprio desenvolvimento de Roraima.
“Na década de 1990 formávamos profissionais para o setor público. Nos anos 2000 a perspectiva ampliou-se, seguindo a lógica social e econômica vigente, sobretudo nos segmentos econômicos produtivos, não governamentais e públicos”, afirma a docente.
Sobre ações para o futuro, visando aumentar ainda mais a qualidade de ensino do curso, a professora Meire Joisy afirma já foram iniciados os estudos para subsidiar a elaboração do quinto projeto pedagógico do bacharelado.
“A realidade concreta evidencia profundas transformações nas organizações dada a quarta revolução computacional. Contemporaneamente há uma diversidade nos modelos de negócios que precisamos incrementar na matriz curricular, como, por exemplo, os negócios de impacto, as startups, coworking, economia solidária, entre outros”, explica a docente.
DESEMPENHO - Conforme explica a professora, os egressos e discentes do curso atuam e ocupam posições de destaque no mundo do trabalho, seja como gestores, técnicos, consultores, empreendedores, agentes de inovação, empresários, docentes e pesquisadores. “Todos buscando a eficiência, eficácia e a efetividade na gestão das organizações baseadas no estado”, complementa.
Vários fatores destacam o profissional formado pela UFRR. Entre eles, destaca a coordenadora, estão a análise crítica ofertada pelo curso sobre a vida social e econômica do estado, que resulta na formação de profissionais competentes e capazes de atuar no mundo do trabalho de forma contextualizada.
Ou seja, o curso de Administração forma administradores que atuam em unidades produtivas no segmento da agricultora, comércio e serviços e indústria, além de órgãos públicos e entidades não governamentais.
O profissional da UFRR possui uma visão ampla e, ao mesmo tempo, aprofundada das questões relacionadas aos negócios no estado, às políticas públicas e às ações sociais. É um curso que possui tanto a perspectiva de uma escola de negócios, quanto da perspectiva da gestão púbica e social.
COMPETÊNCIAS - A formação dos egressos do Cursos também promove e desenvolve competências para a pesquisa, para produção do conhecimento, capaz de ensejar a atuação do administrador na docência e consultoria empresarial.
No aspecto mais elementar, explica a professora Meire Joisy, o administrador formado na UFRR é o responsável pelo planejamento e funcionamento administrativo de uma empresa, coordena os fatores de produção e fiscaliza sua eficiência, utiliza a mão de obra para sua produtividade e cuida dos equipamentos, supervisiona as atividades, avalia os resultados, corrige as distorções, replaneja os serviços e possui uma visão generalista, dos diversos segmentos produtivos.
PANDEMIA - Sobre o impacto da pandemia de Covid-19 e a implantação do ensino remoto no curso, a professora Meire Joisy afrima que foram desafios encarados com determinação por todo o corpo docente.
O resultado desse processo constituiu-se, defende a professora, em aprendizado para todos que o integraram: docentes, discentes e gestão superior.
O curso de Administração ofertou em 2020.1, durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE), 29 componentes curriculares.
Nesse contexto, a coordenação e a chefia do curso elaboraram um plano de trabalho cujo escopo estabelecia a visita às turmas, com o propósito de escutar a demanda dos discentes, exercendo “uma escuta ativa e atenta e, também, amorosa e empática. Os relatos que colhemos foram os mais diversos: discentes que enfrentaram problemas de ordem pessoal com a partida de entes queridos, profissional com a perda de empregos, psicológica com a sensação de solidão, cognitiva o sentimento não aprender mais, enfim, foi realmente um desafio”, relata Meire Joisy.
O ERE - Ela destaca outras descobertas dos docentes durante as aulas a distância: “pensando do ponto de vista metodológico, a partir da sistematização dos dados coletados nas visitas às turmas, descobrirmos que o aprendizado dos discentes ocorria na primeira hora das aulas síncronas. Na segunda hora esse aprendizado era nulo. Descobrimos também que aqueles docentes que escolheram as aulas assíncronas, pelo Moodle, não foram bem avaliados. O argumento deles era o distanciamento e a falta de contato com o docente, fato que desestimulava em muito o aprendizado”.
Conforme a professora, é necessário ainda aprofundar as reflexões, construir consensos e pensar em0 metodologias híbridas capazes de alcançar o binômio buscado no curso: o ensino-aprendizagem.
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