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Um ano de pandemia: vacinação é esperança para retornar às atividades presenciais

Published: Tuesday, 23 March 2021 12:56 | Last Updated: Tuesday, 08 November 2022 12:13

No dia 23 de março de 2020, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) publicou portarias que suspenderam as atividades administrativas e acadêmicas presenciais na instituição. Um ano depois, a principal esperança da comunidade acadêmica para voltar à rotina de normalidade nos campi universitários é a vacina em larga escala e em ritmo acelerado.  

Em Roraima, a campanha de vacinação contra a Covid-19 começou em fevereiro deste ano e ocorre até o momento com a disponibilização de dois tipos de imunizantes: Coronavac (produzida pelo Instituto Butantan) e AstraZeneca (fabricada pela Fundação Fiocruz). Na semana passada começaram a ser vacinadas pessoas com mais de 70 anos e, nesta semana, o público foi ampliado para 68 e 69 anos.

Enquanto a vacina não chega para todos, é necessário continuar com os cuidados básicos: isolamento social sempre que possível, distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos. Não apenas pela nossa saúde, mas pela dos outros: as novas variantes da Covid-19 afetam a todas as idades e, em casos extremos, levam à morte, independente do paciente ter ou não comorbidades.

Profissionais da área de saúde da UFRR recomendam que todas as pessoas que se encaixam nos grupos prioritários procurem receber a vacinação assim que for disponibilizada, ajudando na contenção do vírus.

Para a professora Fabiana Nakashima, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Saúde e Biodiversidade da Universidade Federal de Roraima (PPGSBio/UFRR), vacinar-se é a única opção para controlar a disseminação deste microrganismo.

“E esse controle precisa ser logo, visto que as medidas de controle atuais, como evitar aglomeração, isolamento das crianças e idosos dentro de residências, cancelamento de viagens, trabalhos remotos, aulas on-line etc. estão afetando a saúde mental dos indivíduos, além da situação financeira”, afirma a professora.

A Covid-19 é uma doença de alta transmissibilidade, com potencial de infecção muito alto. Embora apenas aproximadamente 10% dos casos se apresentem com comprometimento respiratório mais grave, a grande quantidade de pessoas doentes ao mesmo tempo leva a um aumento agudo das internações de média e alta complexidade, pressionando a capacidade de atendimento dos serviços de saúde. Com isso, o risco de se morrer de Covid-19 aumenta de forma expressiva.

“A vacinação tem o objetivo de frear a contaminação e de evitar as formas graves da doença. O indivíduo vacinado não só se protege como protege as pessoas de seu convívio, por não transmitir o vírus por via respiratória, que é a principal fonte de contaminação. Já a vacinação em massa simplesmente impede o vírus selvagem de se espalhar, porque ele vai encontrar cada vez mais gente protegida, não conseguindo se replicar”, reforça Antônio Sansevero, professor do curso de Medicina e pró-reitor de Ensino e Graduação da UFRR.

 

CONTRA A PANDEMIA DE MENTIRAS - As vacinas são fundamentais na prevenção contra as doenças. Não apenas protegem o indivíduo imunizado, mas toda a população, sendo capaz de erradicar diferentes enfermidades. Por isso, os especialistas ressaltam que também é importante combater uma perigosa ameaça: as Fake News, ou notícias falsas, em português.

Além da pandemia do novo coronavírus, o mundo vem sofrendo uma pandemia de notícias falsas relacionadas à doença, aos tratamentos médicos e, agora, à campanha de vacinação. 

Muitas pessoas que compartilham Fake News o fazem sem má intenção, acreditando estarem replicando notícias com algum fundamento lógico. Porém, é preciso que todos estejam mais atentos para não espalhar informações mentirosas. 

Se você tiver qualquer dúvida sobre a confiabilidade da informação recebida, é preciso pesquisar e consultar a veracidade da notícia. Uma forma de fazer isso é por meio de sites de checagem como Agência Lupa (http://www.lupa.news/), Aos Fatos (https://www.aosfatos.org/), Fato ou Fake (https://g1.globo.com/fato-ou-fake/) e Boatos.org (https://www.boatos.org/). 

Sobre a existência dos riscos de vacinação e a ciência apontar algum risco real para a saúde dos vacinados, o professor Sansevero afirma que o processo de desenvolvimento de vacinas é extremamente rigoroso e muito mais exigente do que o da produção de antibióticos, por exemplo. “Alguns efeitos colaterais leves podem ocorrer, porém sem nenhum prejuízo à saúde dos vacinados. Alguns desses efeitos são febre baixa, diarreia, dores no local da aplicação ou no corpo”, cita, acrescentando que são fugazes e de baixa intensidade.

A professora Fabiana Nakashima reforça que um individuou não vacinado corre riscos muito maiores que um vacinado. Como exemplifica, “50% de eficácia e proteção ainda é muito comparada a 0%, quando o indivíduo opta por não se vacinar. Esta pessoa, além de assumir o risco de evolução para um caso grave da doença, aumenta a chance de transmiti-la para as pessoas com quem convive”.

Conforme detalha, as vacinas produzidas no combate do Sars-Cov-2 estão sendo produzidas com vírus inativados/enfraquecidos ou com fragmentos de proteínas ou com vetores virais ou com RNA e DNA geneticamente modificados, ou seja, incapazes de desencadear a doença.

“Algumas pessoas sim, podem apresentar reações, como em qualquer outra vacina. Entretanto, é de extrema importância ressaltar que a aceitação do uso de vacinas já impediu grandes tragédias na saúde pública, como sarampo, H1N1 e poliomielite, entre outras. Diante desse histórico de sucesso, não há motivos para questionamentos quanto aos benefícios que essa estratégia apresenta. Os riscos estão associados a obtenção e interpretação das informações”, esclarece Fabiana Nakashima.

O alerta das autoridades de saúde é para que a população não deixe de se imunizar e respeite o cronograma de vacinação dos municípios do Estado, evitando aglomerações e filas desnecessárias. No momento, a campanha está sendo para pessoas de 68 e 69 anos. Para saber quando outras faixas etárias serão imunizadas, o recomendável é acessar as redes sociais das prefeituras, responsáveis por este trabalho.

 

INFORMAÇÃO CURA – Além dos sites que checam a veracidade de notícias que circulam pela internet, há outras formas de garantir que as pessoas não sejam contaminadas por Fake News. Os professores Sansevero e Nakashima recomendam como fontes de informação o Ministério da Saúde, as secretarias estaduais e municipais de Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e publicações de instituições científicas que estudam e lidam com vacinas como a Fiocruz e o Butantan.

“Muitos de nós hoje estamos vivos por causa da existência de vacinas como as do sarampo, meningites, pólio, tétano etc. Raramente se houve relatos de alto número de mortes de idosos por H1N1 depois que se estabeleceu um programa anual de vacinação. Vacinas salvam vidas”, reforça Antônio Sansevero.

 

 

 

 
 
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