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Roberto Romano, da Unicamp, fará Aula Magna da UFRR nesta quinta-feira

Published: Thursday, 18 February 2021 09:33 | Last Updated: Wednesday, 21 July 2021 11:26

A Universidade Federa de Roraima (UFRR) fará sua aula inaugural do semestre 2020.2 nesta quinta-feira (18), a partir das 19h, com transmissão ao vivo no canal da UFRR no YouTube. A Aula Magna terá Roberto Romano como palestrante, professor titular de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com ampla experiência em temas como crise universitária, crise política e universidade pública. 

A transmissão será aberta a todos os alunos da instituição e demais interessados no temaConceito de Universidades em tempos desafiadores. O evento abre o período letivo suplementar 2020.2 da instituição, de 8 de fevereiro até 22 de maio, por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE). A Aula Magna terá mediação do pró-reitor de Ensino e Graduação da UFRR, professor Antônio Sansevero. 

      Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp, será o palestrante da Aula Magna da UFRR          (Foto: arquivo pessoal)

 

Roberto Romano é doutor em Filosofia Política e Ética pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, França. Titular de Ética e Filosofia Política da Unicamp e autor de mais de 10 livros, inúmeros artigos acadêmicos e para grandes públicos. Foi presidente da Comissão de Perícias da Unicamp, orientou 37 estudantes em teses de mestrado e doutoramento e integrou a Comissão de Avaliação docente da Unicamp. 

O palestrante conversou com a CoordCom sobre o tema da aula, falando sobre a importância da rediscussão do conceito de universidade em nosso contexto atual:  

O mundo sempre está passando por muitas transformações. Nada é perene no campo da natureza e da sociedade. O mister universitário surgiu justamente para pesquisar e compreender as mudanças no mundo natural é humano. Daí que todo conjunto universitário digno do nome estuda as ciências (física, biologia, química, geologia, etc.) e as ciências sociais (sociologia, antropologia, artes, direito, educação, etc.). Uma universidade sem os dois conjuntos de pesquisa não merece a qualificação de universidade. Com a aceleração do tempo trazido pela cultura Técnica, que hoje atinge o ápice com os meios de comunicação ultra rápidos, a universidade precisa se repensar e, ao lado da pesquisa mais profunda, deve abrir-se para a intervenção nos coletivos humanos. Para tal fim ela deve ser prestigiada pelo Estado e pela sociedade”, explica 

Com vasta experiência em temas como crise universitária e crise política, o professor também comentou sobre os reflexos das ações políticas nas universidades, considerando o atual cenário brasileiro: “No Brasil, em vez de prestigiar os saberes em todos os seus campos, o governo se coloca como inimigo deles, e da universidade. Não é por acaso que inúmeros pesquisadores e pensadores brasileiros saíram daqui em busca de melhores condições de trabalho. Nesta pandemia ficou evidente a necessidade do trabalho acadêmico. Infelizmente os poderes de Estado no Brasil não se responsabilizam pelo progresso das ciências dentro de nossas fronteiras. A situação universitária brasileira, como boa parte das nossas políticas públicas, é desesperadora”, frisa. 

Ainda no contexto da pandemia, o professor Roberto Romano destacou os principais desafios enfrentados pelo ensino universitário: O principal desafio das universidades brasileiras está em continuar a fazer ciências, artes, educação, tendo no governo federal e, sobretudo no Ministério da Educação, em vez de ajuda, um permanente boicote, calúnias e ausência de responsabilidade. Quando se faz ciências, apesar dos poderes civis e estatais, o fracasso ameaça a cada instante. E o fracasso resulta em morte de cidadãos aos milhares, pois sem técnica e ciência não há como vencer as ameaças constantes da natureza”, finaliza. 

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