Professor da UFRR integra equipe que identificou duas novas espécies de insetos
Apobaetis bianca e Apobaetis jacobusi. Estes são os nomes das novas espécies de insetos descobertas recentemente pelos pesquisadores Rafael Boldrini, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Paulo Vilela Cruz, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), e Neusa Hamada, do INPA.
As espécies identificadas, segundo o pesquisador Boldrini, são importantes para a manutenção do ecossistema aquático, alimentando-se de matéria orgânica e servindo de alimentos para diversos animais, como os peixes.
A descrição completa das espécies e a metodologia aplicada durante a pesquisa estão disponíveis no artigo científico “Redescription of Apobaetis lakota McCafferty, 2000 (Ephemeroptera: Baetidae) and description of two new species from Brazil”, publicado recentemente na revista científica Zootaxa.
A pesquisa
As atividades de investigação do grupo, iniciadas em 2012, ocorreram no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e no Laboratório de Entomologia da UFRR.
Os pesquisadores coletaram ninfas em igarapés de duas localidades distintas de Rondônia, em 2012 e em 2016, com auxílio de redes entomológicas aquáticas (conhecidas como puçá ou rede de pegar borboleta). Já no laboratório, eles perceberam que havia a possibilidade de que, no material estudado, poderia haver duas espécies ainda não descritas pela Ciência.
“Tínhamos a dúvida que as espécies coletadas poderiam ser uma espécie descrita para North Dakota (U.S.A.), devido a semelhanças morfológicas entre elas. Após ter acesso ao material da espécie do U.S.A., que é o Apobaetis lakota, tivemos certeza que as duas amostras de Rondônia eram de espécies novas para a Ciência. Dessa forma, começamos os trabalhos de descrição, que consiste na descrição morfológica e desenhos das espécies novas”.
Homenagem
Os nomes escolhidos para as novas espécies são uma homenagem à professora do Colégio de Aplicação da UFRR, Bianca Maira de Paiva Ottoni, devido ao apoio que ela tem dado ao professor Boldrini durante sua trajetória acadêmica e ao pesquisador Luke M. Jacobus, responsável pelo acesso ao material de Apobaetis lakota, que estava nos Estados Unidos (USA).
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