Capacitações ajudam na reinvenção dos serviços na UFRR

A reinvenção do serviço público ofertado na Universidade Federal de Roraima (UFRR) passa pela capacitação dos professores e técnicos-administrativos. Desde o início do ano, a Coordenação de Capacitação do Servidor (CAPS) vem realizando vários cursos, em parceria com o Núcleo de Educação a Distância (NEaD), para manter a atualização dos colaboradores. Foram ofertados 18 cursos, totalizando 735 vagas, número três vezes maior do que o habitual.

Servidores da Coordenação de Capacitação do Servidor em atividade (Foto: Arquivo Pessoal)

Entre os cursos ofertados pela CAPS este ano, estão os de Desenvolvimento de Gestores (Liderança e Gestão de Conflitos em tempo de trabalho remoto); Metodologias Ativas sem tutoria; Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVA sem Tutoria; Introdução ao Desenvolvimento de aprendizagens com o auxílio de Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, sem Tutoria; Tecnologia da informação - Sistema Integrado de Gestão (SIG); e Espanhol Iniciante.

“A pandemia nos apresentou uma nova realidade de rotinas e conhecimentos e não podíamos parar, tivemos que nos adaptar. Os servidores precisam de formações constantes, de estarem sempre se desenvolvendo, desde áreas específicas de formação às habilidades de desenvolvimento pessoal e interpessoal e, agora, em relação às novas ferramentas e sistemas”, destaca Mayara Cardoso, coordenadora do CAPS.

O setor também fez parcerias com a Pró-reitoria de Ensino e Graduação (PROEG) e o Grupo de Trabalho do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (GT/CEPE) para a realização do Seminário de Práticas Docentes, evento on-line e com participação de palestrantes de outros Estados. “Estamos estabelecendo outras parcerias intersetoriais e cada dia estamos sendo mais solicitados para isso”, frisa Mayara.

Acácia Duarte, diretora do Departamento de Registro Acadêmicos (DERCA) foi uma das pessoas que procurou atualização no período da pandemia. “Certamente houve a necessidade de buscar capacitação e informações para a implementação da nova rotina de trabalho. Cursos e pesquisas sobre ferramentas que facilitassem o atendimento ao público sem prejudicar as demandas e qualidade foram indispensáveis. Algumas atualizações foram obtidas por meio do setor de capacitação da UFRR. Outros cursos e informações foram buscados em fontes diversas. O desafio foi se reinventar em pouco tempo”, comenta.

Quem não conseguiu se inscrever em algum curso, por falta de tempo, por exemplo, também buscou conhecimento por meio dos colegas da instituição. Foi o caso do professor Antônio Giocondi: “Adaptei-me a uma nova maneira de compartilhar ideias e saberes. Isso me exigiu mergulhar de cabeça no mundo da tecnologia virtual que antes usava esporadicamente e que agora terei que usar frequentemente. Busquei informação junto a pessoas que estão integradas ao sistema de informação para poder me capacitar melhor. Temos muitos colegas servidores da UFRR dispostos a cooperar e, graças a eles, é que estou me aperfeiçoando”, explica o diretor da Comissão Permanente de Vestibular (CPV).

Como professor, Giocondi detalha algumas das suas preocupações com o ensino remoto: “Preparar as aulas, pensar nos alunos desde como motivá-los para enfrentar essa nova maneira de estudar, ter cuidado em não os sobrecarregar de tantos textos, mas ao mesmo tempo não deixá-los sem saber como e o que estudar. Saber como eles estão, porque agora os vejo por uma tela. Tudo isso está sendo desafiador, tenho que me reinventar a cada momento e ao mesmo tempo me perguntar: o que estou fazendo está sendo satisfatório?”

 Para a professora Ana Lúcia de Souza, os desafios podem refletir positivamente no cenário pós-pandemia. “As dificuldades são muitas, a sociedade não estava preparada para uma situação como essa. Então os desafios são muitos e permanecem. Mas tem conquistas, porque na medida em que a gente vai buscando realizar esse trabalho, a gente vai aprendendo, aprende sobre nós mesmos, nossas capacidades, nossas possibilidades. A vantagem é essa: aquilo que nós vamos levar no pós-pandemia, no sentido de otimizar, de melhorar”, frisa.