Colégio de Aplicação esclarece comunidade sobre implementação de EaD durante pandemia do novo coronavírus
O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Roraima (CAp/UFRR) divulgou um comunicado para seus discentes e familiares. No documento, a unidade se posiciona sobre a possibilidade de implementar aulas à distância durante a pandemia do novo coronavírus.
O comunicado explica que enquanto perdurar a suspensão das atividades acadêmicas na UFRR o CAp ofertará aos seus discentes conteúdos diversos e extracurriculares por meio de suas redes sociais e site. Entretanto, ressalta que isto é uma ação complementar de orientação aos alunos durante o período de isolamento social. O Colégio de Aplicação, diz o documento, não trabalhará com a modalidade Educação a Distância (EaD).
Conforme o comunicado, embora a EaD proporcione vantagens para os discentes, também apresenta grandes desafios, principalmente no que tange a preparação logística de acesso, de formação de professores e de alunos. Além de recursos tecnológicos, ensinar a distância exige, entre outras coisas, pacotes de dados adequados (internet de qualidade); capacitação específica para os docentes e familiarização das ferramentas da plataforma por parte dos estudantes e da família.
Outra razão para não implementar a EaD é que o CAp tem como um de seus objetivos a formação de futuros profissionais de educação. Isto se dá por meio das disciplinas de Estágio Supervisionado oferecidas pelas licenciaturas da UFRR. Estes estágios, necessariamente presenciais, contribuem para a melhoria das condições educacionais do estado e da excelência na formação de futuros professores em diferentes disciplinas.
Além das razões anteriores, preocupa ao corpo educacional do CAp a possibilidade de que parte de seus alunos não tenham a mesma oportunidade de acesso às aulas EaD. Caso isto aconteça, afirma o comunicado, estariam sendo desrespeitados os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal Brasileira, no tocante ao direito à cidadania; à dignidade humana, à redução das desigualdades regionais e nacionais e à prevalência dos direitos humanos. Também não estariam sendo respeitados os princípios e fins da Educação previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, especialmente no que envolve a equidade de garantia educacional e a qualidade do ensino para os discentes com necessidades especiais e/ou com déficit de aprendizagem, por exemplo.
A EaD também “não garantiria a isonomia necessária para o processo educacional, dada a realidade de constituição da nossa comunidade escolar, bem como as realidades diferenciadas dos nossos segmentos escolares (Ensino Fundamental Anos Inicias, Anos Finais e Ensino Médio)”, afirma o documento do CAp.
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