UFRR realiza projeto de enfrentamento à pandemia Covid19
A Universidade Federal de Roraima (UFRR) criou o projeto “Ações para o enfrentamento da pandemia COVID-19”, articulado em três eixos de atuação com objetivo de reforçar o combate à pandemia mundial do novo coronavírus. O projeto é coordenado pela Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (PROEG) e conta com a participação de docentes, do internato médico e de enfermagem, além de médicos e enfermeiros da rede assistencial.
Segundo o pró-reitor de ensino e Graduação, professor e médico Antônio Sansevero, o projeto cumpre o papel social, intelectual e econômico da UFRR, como instituição pública com lugar da pesquisa científica e de desenvolvimento para a sociedade. “A Universidade tem como missão a produção e disseminação de conhecimento. Isso deve ter sempre um foco de compromisso com a sociedade. Temos que contribuir naquilo que são nossas fortalezas: educação e inovação”, frisa.
O Eixo 1 “Desenvolvimento Profissional” visa promover capacitação para reconhecimento, triagem e manuseio do paciente com Covid-19. Serão realizadas ações nas modalidades presencial e a distância. Os conteúdos teóricos e de suporte às atividades serão feitos de maneira remota. Já as atividades práticas de treinamento serão nos laboratórios de habilidades da UFRR.
No Eixo 2 “Ações de Assistência” os internos de Medicina e Enfermagem serão submetidos a treinamento prévio juntamente com os médicos e enfermeiros da rede de saúde. Conforme o pró-reitor, os alunos “atuarão, em um primeiro momento, em ações de triagem remota, até que a rede assistencial defina fluxos de atendimento e que tenhamos EPI [Equipamentos de Proteção Individual] suficiente para todos”.
O professor explicou que os alunos só entrarão em ação para atendimento “em último caso”, ou seja, nas situações em que ocorra um esgotamento dos recursos humanos em saúde, envolvendo assim professores e internos apenas do último ano. “Toda ação de saúde praticada por alunos tem que ser supervisionada por docente ou preceptor”, fala.
Com o Eixo 3 “Ações de enfrentamento à escassez de EPI”, a UFRR está confeccionando materiais que podem ser usados como Equipamentos de Proteção Individual, com eficácia e qualidade. O Eixo já está em execução, no plano piloto foram feitas 400 máscaras, além de protetores faciais (face shield) e aventais.
As máscaras produzidas artesanalmente pelos alunos da instituição foram testadas e possuem qualidade e modelo equivalente à N95. O produto passou por teste de resistência e teste de difusão de spray de riboflavina, se mostrou superior à máscara cirúrgica e igual à N95 (no quesito da difusão de solução de riboflavina através da máscara em 3 distâncias diferentes). “Produzimos máscaras e face shield suficiente para um eventual treino de nossos internos e doaremos 200 protetores faciais ao HGR”, ressalta Sansevero.
O professor destacou que o objetivo da produção não é substituir as EPIs de produção industrial, mas “oferecer uma solução local viável, possível de ser atingida em curto prazo e de qualidade, caso nossos recursos se esgotem”. Os alunos que produzem o material são orientados pelo professor Ruy Guilherme, do curso de Medicina, também estão empenhados em atuar como multiplicadores na produção dos EPIs e no controle de qualidade da produção.
Alunos de Medicina e Enfermagem da UFRR reforçam combate ao Covid-19
Os alunos do quinto e sexto ano do curso de Medicina e do quinto ano de Enfermagem da Universidade Federal de Roraima (UFRR) realizarão atividades que auxiliarão no combate à pandemia mundial do novo coronavírus, o Covid19. Dessa forma, os discentes atuarão na rede auxiliar para deixar o corpo de saúde efetivo livre no atendimento dos pacientes com o vírus. As ações fazem parte do internato, estágio componente curricular dos cursos.
Nessa semana os discentes iniciarão atividades de treinamento em Ensino a Distância (EAD) que integram o Eixo 1 “Desenvolvimento Profissional” do projeto “Ações para o enfrentamento da pandemia COVID-19”. Participam 183 alunos no internato de Medicina e 20 alunos de Enfermagem. As atividades em campo prático só serão realizadas com EPIs.
Os cursos estão se reorganizando para atender as necessidades dos serviços de saúde e se adequar as sugestões do Ministério da Educação (MEC) que autoriza áreas prioritárias de ação. Conforme o MEC, “ao serem alocados em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, rede hospitalar e comunidades, os estudantes passarão a integrar de forma auxiliar no enfrentamento da pandemia”.
Na UFRR, todos os alunos que participam do estágio obrigatório atuam na rede pública de saúde. Assim, é importante ressaltar que a atuação dos cerca de 200 alunos reforça significativamente o sistema de saúde de Roraima.
Treinamento e orientações - O pró-reitor de Ensino e Graduação destaca que o treinamento das equipes é primordial: “É importante que a gente ressalte que o treinamento de equipes é fundamental para que a gente possa ter um cuidado ótimo e minimizar ao máximo a mortalidade dos pacientes que chegarem aos nossos cuidados. É importante que as pessoas entendam que, embora nós ainda não estejamos no ponto de crise ‘pico máximo’, quanto mais você se antecipa aos problemas, menos esses problemas te causam dor de cabeça”, diz Antônio Sansevero.
O médico também repassa algumas orientações sobre o isolamento social. “As pessoas têm que levar a sério a lógica de isolamento social. Não é preciso ter pânico e confinamento, isolamento não é confinamento, as pessoas precisam ter clareza disso. É você usar com parcimônia. Preserve as pessoas que são mais vulneráveis da sua família”, explica exemplificando que saídas essenciais como ir ao mercado ou à farmácia são permitidas desde que se “evite aglomerações e mantenha distância das pessoas”.
Por fim, o pró-reitor ressalta a importância da ação coletiva para minimizar os impactos no sistema de saúde de Roraima. “Se a gente trabalhar nessa lógica, com consciência, seguramente o impacto na rede de saúde será muito menor. As pessoas têm que ter clareza que o nosso problema não é evitar que o vírus chegue, é evitar que ele chegue de uma maneira maciça, porque o sistema de saúde não tem estrutura para resolver isso”, frisa.
Coordcom/UFRR
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