Exposição de artes plásticas é encerrada com debate, dança e música indígena
A exposição “Universo Makuxi por Carmézia Emiliano – 22 anos de arte naïf” foi encerrada na última quarta-feira (30) pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) com debates, mesa-redonda e apresentações culturais no Espaço de Cultura e Arte União Operária.
Cerca de 50 alunos dos cursos de Gestão em Saúde e Gestão Territorial, do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena/UFRR, além de professores e comunidade participaram da programação, à qual foram integradas as atividades de discussão do evento Abril Indígena, uma parceria com o Centro de Estudos Jurídicos de Roraima (Cejurr) e a Caixa de Assistência dos Advogados de Roraima (CAA-OAB/RR).
“Fiquei muito feliz pelo convite da Universidade para montar a exposição dos meus 22 anos de carreira. Quero agradecer a todos os que vieram e prestigiaram o nosso trabalho”, declarou a artista plástica Carmézia Emiliano, um dos principais nomes das artes visuais no Estado. A pró-reitora de Assuntos Estudantis e Extensão da UFRR, professora Maria das Graças Santos Dias, afirmou que o enaltecimento do conjunto da obra de Carmézia ajuda a fortalecer os laços da instituição com a comunidade.
A programação começou às 17h, com a palestra “Direito dos povos indígenas e o papel do MPF”, ministrada pelo procurador das Minorias e Indígenas Gustavo Kenner Alcântara, tendo como debatedor Mário Nicácio, coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), e moderador o professor Herundino Nascimento.
Na sequência foi realizada a mesa-redonda “Organização social: usos e costumes na relação com a comunidade transnacional”, com os debatedores Edson Damas, procurador de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE) e Oneildo Ferreira, da diretoria do Conselho Federal da OAB. A moderação ficou a cargo do professor Daniel Rosar.
Após o Abril Indígena, o encerramento da exposição, que foi aberta no dia 26 de março, teve duas apresentações artísticas: a Dança do Parixara, feita por crianças, jovens e adultos da comunidade indígena Taba Lascada, do município do Cantá, e a apresentação do grupo Cruviana, formado por jovens de diversas etnias que estudam no Instituto Insikiran e fazem parte do projeto de extensão Anna Eserenka da UFRR, criado para valorizar as músicas feitas por compositores indígenas.
A noite foi encerrada com a degustação de uma damorida com beiju, comida típica dos povos originários da região.
Redes Sociais