Segunda Oficina de Planejamento Turístico acontece de 6 a 10 de setembro na Raposa I
A segunda Oficina de Sensibilização e Planejamento Turístico vai ocorrer na Comunidade Raposa I, no período de 6 a 10 de setembro. A atividade faz parte do projeto de extensão intitulado “Turismo de Base Comunitária”, idealizado pelo Instituto de Geociências da UFRR, coordenado pelo professor Antonio Tolrino Veras. O projeto tem permitido com que a comunidade organize e planeje o turismo comunitário como mais uma alternativa econômica.
A comunidade fica localizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol (TIRSS), município de Normandia (RR). As lideranças locais têm mobilizado várias instituições na perspectiva de implementar o modelo de turismo de base comunitária em sintonia a normativa 003/2015 da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que estabelece os procedimentos para a visitação turística em terras indígenas.
A atividade de campo do projeto é uma resposta ao Encontro de Turismo Comunitário realizado no início deste ano na UFRR, que proporcionou a membros da comunidade a possibilidade de articulação com várias instituições e entidades parceiras. Participam desta segunda ação, membros da UFRR, UERR, IFRR, UEA, MPF, FUNAI, FEMARH, Cactus Amazônia, SEBRAE e Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente de Rio Preto da Erva (AM).
O secretário de Turismo e Meio Ambiente de Rio Preto da Erva(AM), Ronisley Martins, explica que estas são ações estão vinculadas ao segmento de etnoturismo, que é o desenvolvimento da atividade turística em comunidades indígenas. As comunidades precisam estar preparadas e ordenadas para o plano de visitação. “É preciso também que o público interessado neste tipo de turismo tenha sensibilização e um olhar para o patrimônio cultural e memorial das populações indígenas. Não podemos implementar uma atividade que venha a comprometer, por meio de impactos, toda uma vida cotidiana e uma cultura”, assinala.
Francisco Girão, consultor da Cactus da Amazônia, diz que na primeira oficina, realizada este ano, foi feito um diagnóstico dos problemas, das possíveis soluções, dos recursos humanos envolvidos, de prazos e localidades. “Percebemos, por meio de um processo participativo, que existiam fragilidades e trabalhamos vários temas para discutir estas situações, como: a educação patrimonial, etnodesenvolvimento, sustentabilidade, turismo comunitário, legislação turística. Eles perceberam as vocações e os problemas. Como resultado foi criado um grupo com cerca 20 indígenas que estão sendo preparados como condutores para o turismo de forma ordenada. Isso resultou neste segundo momento, no qual vamos realizar dois cursos: Implantação de Sistema de Trilha e de Sobrevivência”, destaca Girão.
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