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Projeto de análise espacial da morbidade, mortalidade e infraestrutura de Saúde em Roraima terá apoio do Ministério da Saúde

Published: Thursday, 20 July 2017 12:54 | Last Updated: Wednesday, 21 July 2021 11:20

Na tarde desta quinta-feira (20), o reitor Jefferson Fernandes e a equipe da administração Superior da UFRR reuniu-se com o deputado federal, Hiran Gonçalves (PP-RR), que preside a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara Federal e a secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (MS), Gerlane Baccarin para discutir projetos a favor da saúde em Roraima por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED).

Na reunião foi apresentado, à comitiva do Ministério da Saúde, o projeto "Análise Espacial da Morbidade, Mortalidade e Infraestrutura de Saúde nos Municípios de Roraima", desenvolvido por professores da UFRR e que pode receber um aporte de recurso por meio do TED, em processo de articulação junto ao Ministério. O projeto surgiu com o apoio de professores do Instituto de Geociências da UFRR (IGEO), sob direção do professor Dr. Antonio Tolrino Veras.

O projeto tem duração de três anos e pretende realizar um inquérito de base populacional nos 15 municípios do Estado, analisando o perfil socioeconômico da população, a temática das migrações e a interface com a área da saúde, além de capacitar profissionais do SUS, conselheiros em saúde e lideranças locais.  

Para o reitor da UFRR, Jefferson Fernandes, o projeto vai proporcionar um trabalho coletivo com o Ministério da Saúde e outros ministérios do Governo Federal na dimensão da saúde pública, com suporte científico. “Esta relação de proximidade para o desenvolvimento de ações específicas para tratar de problemas não só da área da saúde, mas também relacionados à migração que estamos vivenciando hoje em Roraima, vai ser importante para que a UFRR desenvolva seu papel de propor melhorias na perspectiva da qualidade de vida e da transformação social. Vamos envolver um grupo de professores de diferentes áreas que tem expertise para desenvolver o projeto, contando com estudantes de graduação na condição de bolsistas neste momento único que estamos vivenciando no estado com a questão migratória e a  dificuldade da saúde na perspectiva do Sistema Único de Saúde. Além disso, vamos gerar conhecimento científico protagonizado pela a nossa instituição, elevando a UFRR a um patamar de destaque”, analisou.

O geógrafo Elton Borges, coordenador geral do projeto, explica que a proposta foi bem recebida pelo Ministério da Saúde. “É um projeto que não existe no nível municipal em nenhum lugar do Brasil. Há algo semelhante no nível das capitais, portanto, para Roraima será importante. Na área da saúde, a migração em Roraima tem provocado um impacto. 90% da população dependente do SUS, com uma capacidade insuficiente para a demanda que é maior e agora com este impacto da migração, esta saúde está ainda mais comprometida. Este projeto, além de avaliar o estilo de vida da percepção da própria saúde, da dieta, antropometria, da obesidade, da violência que existe no estado, vai avaliar a entrada dos venezuelanos e quanto que isso vai custar ao estado”, disse. 

O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara Federal, deputado Hiran Gonçalves diz que a ação vai possibilitar este levantamento do impacto da migração em Roraima, fazendo com que o conhecimento científico produzido na universidade gere transformação real, por meio de subsídios às políticas públicas. “Faremos um trabalho de identificação de dados epidemiológicos e sociais para que possamos ter um exato tamanho de todo o impacto, para que possamos formatar políticas que venham ao encontro do bem estar da sociedade que foi afetada pela migração que está ocorrendo de uma maneira muito peculiar. Por exemplo, tivemos aqui uma grande migração indígena. Além de toda a dificuldade que existe para um refugiado ou migrante de ir para outro país, aqui nós temos indígenas de uma etnia que veio da Venezuela (Warao), que moravam nas beiras dos rios e vive nos centros das cidades, isto gera muitos impactos. 

A secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (MS), Gerlane Baccarin explica que o estado de Roraima tem um grande desafio por conta deste alto fluxo migratório, do número da população e das condições econômicas que vive atualmente. “A população não estava preparada e o estado carece de estrutura e de recursos para poder enfrentar esta crise. A universidade é uma referência de qualidade de ensino em pesquisa, extensão para o estado de Roraima e também vai ser para o Brasil com este projeto. Com ele teremos condições de mapear todo o sistema de saúde de Roraima com base nos dados da população: onde vivem, como vivem, faixa etária, o que precisam qual a demanda daquela região associados ao fluxo de migração que hoje ocorre no estado. Este projeto vai servir para o Ministério da Saúde e todas as áreas agregadas como a ANVISA E FUNASA e também para outros Ministérios, como o Ministério da Educação e Casa Civil.

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