Abril Indígena - Espaço de Cultura e Arte União Operária da UFRR recebe exposição
A Universidade Federal de Roraima (UFRR) oferece a comunidade uma exposição de arte com feira de cultura, em alusão ao Abril Indígena.
O evento de arte indígena contemporânea tem a parceria da Galeria Jaider Esbell ocorre entre os dias 11 e 29 de abril, no Espaço de Cultura e Arte União Operária, localizado na Av. Nossa Sra. da Consolata- Centro.
Nas tardes dos dias 12, 13 e 14 de abril ocorrerão algumas atividades integradas com presença de público, no horário das 13h às 18h.
Ritual de oferendas- Obra do artista Jaider Esbell. (Foto:Divulgação/Jaider Esbell)
Abril Indígena:
Em abril de 2003 um pequeno grupo de indígenas do sul do Brasil, especialmente Kaingang, Guarani e Xokleng, acampou na Esplanada dos Ministérios, e iniciaram um importante processo de mobilização do movimento indígena no Brasil. Representantes do Conselho Indígena de Roraima, manifestaram na intenção de realizar anualmente encontros para pressionar a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol.
O evento se tornou uma ampla mobilização, tendo então surgido a proposta de realização, em abril de cada ano, do Acampamento Terra Livre. Desde então, na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Justiça, se realiza o grande momento político dos povos indígenas do Brasil, o Acampamento Terra Livre (ATL).
Em 2009, finalmente, foi homologada a terra indígena Raposa Serra do Sol, razão maior do ATL daquela época. Em 2010, a mobilização se deu em duas regiões onde os direitos indígenas estavam mais ameaçados: no Mato Grosso do Sul, a gravíssima situação dos Kaiowá Guarani e Terena, e no Pará, em função da construção da hidrelétrica de Belo Monte, ameando a vida e os direitos de vários povos indígenas. Hoje, indígenas de todos os Estados do Brasil, lembram com várias ações o Abril indígena.
Artista indígena Jaider Esbell (Foto: Roberto Caleff)
Povos indígenas e preservação ambiental
No Brasil, existem 462 terras indígenas regularizadas, que representam cerca de 12,2% do território nacional. Localizadas em todos os biomas brasileiros, com concentração na Amazônia Legal, as terras indígenas abrigam grande parte da biodiversidade brasileira e são as áreas protegidas mais preservadas do país.
A diversidade cultural e os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas são fundamentais para a manutenção dessa biodiversidade, que também é resultado da atuação da Funai, por meio de ações de demarcação de terras indígenas, monitoramento territorial, fiscalização, prevenção de ilícitos, gestão territorial e ambiental, conservação e recuperação ambiental, diagnósticos e levantamentos etnoambientais participativos, proteção dos conhecimentos tradicionais indígenas associados à biodiversidade, fomento à produção sustentável, entre outras.
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