Mais de mil pessoas prestigiaram a aula Magna do semestre 2015.1 da UFRR
Participaram estudantes e professores da UFRR e de outras instituições de ensino superior, profissionais e técnicos do Inpa, Embrapa e Secretaria Estadual de Agricultura
A comunidade universitária da Universidade Federal de Roraima e de outras instituição de ensino participaram da aula Magna do semestre 2015.1 da UFRR, que ocorreu nessa quinta-feira, 19, no auditório do CAF (Centro Amazônico de Fronteira).
O tema abordado foi “Solo e Mudanças Climáticas”. A palestra foi proferida pelo professor doutor Carlos Ernesto Schaefer. A aula discorreu sobre as transformações pelas quais passa o clima do planeta em virtude da intervenção humana. O pesquisador alertou sobre o aquecimento climático, devido aos altos níveis de poluição no uso de combustíveis fósseis.
O palestrante é PhD em Ciência do Solo pela University of Reading, Inglaterra, e realizou pós-doutoramentos em Mineralogia e Química de solos e Ecologia de solos da Amazônia e Antártica, nas Universidades de Londres, Western Australia e Cambridge. Atualmente é professor titular da Universidade Federal de Viçosa.
Schaefer é coordenador do Núcleo Terrantar, um projeto que reúne 23 pesquisadores entre professores e estudantes de pós-graduação que realizam o monitoramento da temperatura e umidade do solo e do ar na Antártida.
O grupo monitora as variações de temperatura e do ar ocorridos durante os anos de 2007 a 2011, o que vai ajudar a entender quais são os efeitos das mudanças climáticas ocorridas na estabilidade da permafrost (camada de solo permanentemente congelada) ao longo de um gradiente climático e pedológico do continente Austral.
Os estudos sobre essa camada do solo permanentemente gelado são fundamentais para entender os impactos das mudanças climáticas globais. E esse é um tema importante neste início de século, pois refere-se ás condições de vida no planeta nos próximos anos. Embora haja vários estudos sobre estes dados no hemisfério norte, há várias lacunas no hemisfério sul.
A equipe de pesquisadores brasileiros é responsável por 20 sítios de monitoramento na Antártica, numa importante contribuição brasileira às redes internacionais de pesquisadores voltado ao estudo de mudanças climáticas em solos e permafrost em áreas frias.
Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura apontam que 33% das terras do planeta estão degradadas. Visando promover debates e chamar a atenção da sociedade para o tema, 2015 foi escolhido pela ONU como o Ano Internacional dos Solos.
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