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AVISO

Publicado: Sexta, 20 Novembro 2020 11:02 | Última Atualização: Terça, 19 Outubro 2021 16:09

É com imenso prazer que o Colégio de Aplicação da UFRR vem mostrar os trabalhos vencedores do I Concurso Linguagens em Expressão do CAp. O concurso teve o vocábulo pandemias como tema e os estudantes foram convidados a expressarem suas reflexões dentro das categorias de ilustração, produção textual (poema e texto dissertativo-argumentativo) e curta-metragem.

Foram selecionados e premiados onze trabalhos. O desafio estava em atender os critérios estabelecidos em cada categoria. Entre outros, a Ilustração buscava originalidade e capacidade para transmitir e discutir a informação; o Curta-Metragem propunha marcas de autoria e posicionamento ético; o Poema e o Texto Dissertativo-Argumentativo se atentaram às adequações discursivas, linguísticas e convenções da escrita.

O concurso explorou a importância dos componentes curriculares da área de Linguagens, principalmente, o componente Arte que historicamente é questionado sobre sua relevância para a educação escolarizada, e a Educação Física que, recentemente, também foi incorporada nesses questionamentos.

Enfim, o Edital propôs mais um incentivo para que os estudante pudessem estruturar sua reflexão com e a partir das possibilidades das artes visuais e da produção textual. Possibilitando, também, uma experiência na participação de seletivos orientados por editais. Ou seja, mais uma maneira de trabalhar a educação escolarizada e seus conteúdos para além da sala de aula.

A equipe responsável pela realização do I Concurso Linguagens e Expressão do CAp foi formada pelos professores Edlamar Menezes Costa, Josias Marinho de Jesus Gomes (Presidente), Júlia Medeiros Dantas, Leucenir Alves Mery, Neemias Elnatan Viana Serafim, Núbia Gardênia Padilha de Melo, Patrícia Socorro da Costa Cunha, Renata Morgado Silva, Soraya de Araújo Feitosa e Tainá Ribeiro Gonçalves.

 

                                                               ANA CLARA MESQUITA VANSCONCELOS

                                                        

                                                                            ALÍCIA BIANCA FERNANDES 

  

                                                               

                                                                                 AMANDA RODRIGUES

 

 

Cautela na Reabertura das Escolas

(Henrique Torquato Bezerra, 15 anos)

 

A pandemia de Covid-19 alterou o mundo de uma forma sem precedentes na história moderna. A situação de isolamento social se faz necessária para frear a disseminação do vírus, dessa forma as atividades econômicas foram paralisadas e o ano letivo suspenso.

Com a diminuição das taxas de contágio e mortalidade em diversos estados do Brasil, alguns governos estaduais estudam a retomada das atividades escolares presenciais. Porém especialistas alertam que a volta prematura das aulas poderia causar o aumento de casos e consequentemente a morte de milhares de pessoas.

Países que reabriram as escolas de forma prematura, com a situação pouco controlada, como foi o caso de Israel, observaram surtos graves de Covid na comunidade escolar e na sociedade em geral. Outros países com mais sucesso no combate à pandemia, como a Coréia do Sul, tiveram que suspender novamente as aulas em algumas escolas, por conta de surtos do vírus.

No Brasil, alguns estados reabriram e outros pretendem reabrir as escolas. Em São Paulo o governo anunciou a reabertura em setembro, com regime presencial mesclado ao remoto. No Amazonas as aulas presenciais j á voltaram há um mês em regime híbrido, recentemente o estado voltou a figurar entre os que tiveram alta no número de casos.

Há de se lembrar que o Brasil é, em números absolutos, o terceiro país mais afetado pela pandemia, onde mais de 120 mil pessoas morreram de Covid-19. O país está longe de ter a situação controlada. A volta às aulas pode contribuir com o aumento dos casos, causando um novo sufocamento do sistema público de saúde. A Organização Mundial da Saúde orienta que a reabertura das escolas deve acontecer somente se a situação local de contágio estiver controlada e com a implementação de medidas sanitárias.

É verdade que crianças e jovens estão fora do grupo de risco, porém não podemos esquecer dos professores e de outros agentes, que podem ficar mais suscetíveis à doença. A reabertura da escola não impactaria somente os agentes educacionais, como os discentes, docentes e a comunidade envolvida, mas toda a sociedade como um todo. Há de haver muita cautela, pois o cuidado nunca é pouco quando tratamos de vidas.

 

 

A correlação entre saúde e economia em uma pandemia

(Marcella Cristine Barreto Cavalcante, 17 anos)

 

Desde o Egito Antigo, a sociedade já era assolada por enfermidades como a varíola. Paralelamente, a humanidade enfrenta, nos dias atuais, a pandemia do coronavírus cujos efeitos atingem profundamente o setor de saúde e a economia. Dentro da crise sanitária, a falta de acesso a serviços básicos tornou-se recorrente e, no cenário econômico, o fechamento do comércio e o desemprego foram os maiores impactos.

A princípio, as consequências da pandemia geraram um colapso no sistema de saúde. No Brasil, estudos do Conselho Nacional de Saúde afirmam que, desde 2016, o Sistema Único de Saúde(SUS) perdeu cerca de 20 bilhões de reais, principalmente, após o congelamento de gastos. Tal fato enfatiza os problemas de estabilidade e investimento já enfrentados pelo SUS que foram agravados pela disseminação do coronavírus e pelo desrespeito ao isolamento, gerando superlotação e falta de leitos, equipamentos e profissionais. Desse modo, o surto do vírus somente agravou uma situação já instável.

Além disso, a necessidade de distanciamento social ocasionou o fechamento de estabelecimentos. Desse modo, tal crise foi responsável pelo aumento do desemprego, o qual atingiu 12,9% entre março e maio segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ainda, nota-se a importância do Estado para a manutenção econômica neste cenário, contrariando a corrente liberalista de economia de mercado, a qual prevê intervenção estatal mínima. Logo, ressalta-se que os efeitos da pandemia atingem o mercado de modo a torná-lo incapaz de autorregular-se, necessitando do suporte do Estado.

Infere-se, portanto, a indispensabilidade de ação social na contenção dos efeitos do surto viral. Primeiramente, faz-se necessária a mobilização da população na disseminação de informações sobre os riscos do contágio e no comprometimento em respeitar a quarentena a fim de evitar a superlotação de hospitais. Ademais, é indispensável que o Governo Federal facilite o acesso a linhas de crédito para empresas locais e menores de modo a incentivar engajamento. Logo, percebe-se que a pandemia, como recorrência histórica, promove uma cadeia de impactos entre a saúde e a economia.

 

 

A importância da convivência

(Marcos Medeiros Silva de Castro, 18 anos)

 

A quarentena como medida necessária para conter o avanço do coronavírus no país evidenciou a importância do convívio social. Desde o passado, é observado que o ser humano não vive sozinho, as sociedades se formam e crescem através das relações entre os indivíduos. Por isso, em tempos de pandemia experimenta-se a relevância da convivência no dia a dia.

O isolamento fez com que as pessoas mudassem drasticamente suas rotinas, deixando de realizar várias atividades, como ir à praça, ao cinema, ao shopping, visitar os amigos, praticar esportes coletivos. Deste modo, muitos se sentem confinados em suas casas e acabam ficando mais estressados, desanimados, entediadas e com sentimentos de solidão, o que aumenta ou agrava os casos de depressão e ansiedade.

Estudos mostram que o convívio social auxilia na constituição de uma melhor qualidade de vida, pois a convivência com amigos e pessoas que estimamos melhora o bem estar. Com isso, a sociedade vem buscando se reinventar, mesmo que não substitua os encontros físicos, a internet tem conectado as pessoas e vem sendo utilizada para mitigar as consequências do isolamento, através de videochamadas, jogos multiplayer, eventos culturais online, desafios em rede sociais, entre outros.

Portanto, mesmo que a quarentena seja necessária para diminuir os riscos de contágio do coronavírus, é importante que as pessoas busquem alternativas para se relacionarem ainda que distantes fisicamente, logo, os governantes e as instituições devem estar atentos às necessidades sociais da população e devem desenvolver políticas públicas voltadas para o entretenimento e ajuda psicológica. Para que, assim, a sociedade continue a experimentar os benefícios do convívio social, ao mesmo tempo em que protegem a si e aos seus familiares.

 

Um ano diferente

(Maria Gabriela Lima Govêa, 08 anos)

 

Um vírus

Desconhecido

Chegou na Terra

Todo o mundo

Teve que se isolar

Amigos e parentes, todos tiveram que se afastar.

Cada família em suas casas

Pro vírus não se espalhar

Mas não vamos nos assustar

Em casa descobrimos coisas novas

Nos reencontramos, brincamos, estudamos e amamos

Vivemos um mundo desconhecido

O medo do invisível

 

QUALQUER DIA DESSES…

(Thays Vitoria Silva Teixeira, 15 anos)

 

Qualquer dia desses eu acordo com a felicidade a bordo, sem explicação.

Qualquer dia desses eu levanto sem pranto, porque não chegamos a um milhão.

Qualquer dia desses eu caminho até porta onde o sol lá fora conforta.

Qualquer dia desses nós achamos a bendita, findamos uma conquista.

Talvez eu corra descalça na rua, torcendo para não ser falcatrua.

Pedindo por favor, por favorzinho!

Que a notícia seja real e explique o meu desalinho.

Porém enquanto nada encontramos, ao ócio retornamos.

Mantendo a rotina, que rouba minha serotonina.

Acordando e dormindo, dormindo e acordando, tentamos.

Mas novamente não sabemos se é seis da noite ou da matina.

Entre telas e teclados, matamos a saudade.

Torcendo para que isso acabe logo antes que seja tarde.

Tarde demais para uma humanidade que já está cansada de notícias fatais.

 

 

De repente o mundo parou

(Marcus K. Monteiro Leite, 12 anos)

 

 

De repente o mundo parou

E tudo fechou,

Por causa de um vírus

O dia a dia de muitos mudou...

Ficamos todos apavorados

com um inimigo invisível.

Que atingiu a muitos sem piedade,

E muitos tiveram que se isolar para não se contaminar do vírus terrível.

As cidades ficaram desertas,

Muitos acharam que o vírus era só uma gripezinha...

E logo começou a morrer milhares!

Os noticiários informavam dor e desespero dos familiares.

Oh Deus! Cura teus filhos,

Desse mal amedrontador.

Que nos aflige o coração,

Cuida Pai de cada nação!.

 

 

Normal nem tão normal assim

(Lucas Kirschner Camargo Neves, 16 anos)

 

Olhem para a direita,
Lá do oriente,
Ceifador veloz acabando com nossa colheita,
Portando a morte mordazmente.
Tudo bem, aqueles a quem confiamos nos protegerão,
Aos nossos pés uma legião de cadáveres em cavalos escuros surgiram,
Quantas mais despedidas haverão?
Mesmo assim, ainda os subestimam.
Onde estão os anjos?
O que estão fazendo aqueles que juraram não nos abandonar ?
Eu sei onde estão esses marmanjos,
Desordem em câmaras estão a criar.
A culpa não é de Abreu,
Nem de André,
Abreus clamam por luz em seu intenso breu,
Andrés reclamam ao ter que decidir qual tênis vestir seu pé.
Mudanças oriundam de esforços,
Mas vivemos rodeados de um egoísmo desgostoso.

 

 

 

RESULTADO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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