Essa pagina depende do javascript para abrir, favor habilitar o javascript do seu browser! Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Espaço União Operária recebe espetáculo “A SANTA CASA”

Published: Friday, 03 October 2014 16:31 | Last Updated: Wednesday, 21 July 2021 11:12

 

O Espaço de Cultura e Arte “União Operária” da Universidade Federal de Roraima (UFRR) recebe nos dias 03, 04, 10,11 e 12 de outubro, o espetáculo “A Santa Casa”. A programação acontece sempre às 20h. A peça tem duração de 50 minutos e classificação etária 14 anos. A entrada é uma lata ou pacote de leite que serão doados a entidade de apoio ao câncer infantil.

A ação é uma iniciativa do Grupo Criart Teatral e tem o apoio da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Extensão (PRAE) por meio da Diretoria de Extensão (DIREX) e da Coordenação de Cultura (Ccult).  

 

“A Santa Casa” apresenta uma estrutura dramática não linear, e trata da situação da mulher dos séculos XV a XIX. É atemporal e provoca um diálogo entre as atrizes e a plateia, traz à tona sentimentos como amores, angústias, desejos, medos e convicções.

 

De acordo com a Diretora do Criart Teatral, Kaline Barroso, o projeto tem em sua proposta a circulação deste espetáculo. “O projeto prevê o intercâmbio entre artistas e grupos das cidades do circuito, o diálogo entre estudantes e o grupo acerca dos caminhos cênicos traçados na montagem apresentada”, explicou.

 

O espaço cênico é completamente destituído de rotundas e demais aparatos, onde o elenco estará sempre à vista do público, revelando as movimentações das atrizes. O espaço estabelece uma área de representação e um espaço exterior, no seu entorno, onde acontecem as cenas externas do espetáculo. “Como cenário, utilizamos apenas um baú onde estão todos os “guardados” das personagens”, detalhou a diretora.

 

Sobre o espetáculo

 

A ideia de montar o espetáculo “A Santa Casa” surgiu quando a atriz e diretora do grupo Kaline Barroso, entrou em contato com o livro “A história das mulheres no Brasil” obra organizada por Mary Del Priore, que conta a história das mulheres desde o Brasil colonial e mostra como nasciam, viviam e morriam as brasileiras no passado e o mundo material e simbólico que as cercavam. 
Para criar a dramaturgia usou-se de dramaturgias já existentes como os textos Yerma, Bodas de Sangue e A casa de Bernarda Alba, os livros O albergue das mulheres tristes, A casa das sete mulheres, os filmes “A Condessa de sangue”, “Gritos e sussurros”, “Uma cruz a beira do abismo, “Olga” e o CD cantos de trabalho.
Descobrimos então um novo fazer teatral, um fazer coletivo já que faz uso de todos os textos dramáticos ou não que existem no mundo. 
Inúmeras foram as imagens pesquisadas para o espetáculo muitas além de nos dar a forma, dava-nos através de seu movimento imagens para a composição de uma cena, de esculturas e fotografias antigas que serviram de inspiração para o espetáculo. As imagens costuravam muitas vezes ações e textos, ou nos permitia criar o elo necessário entre uma cena e outra, visto a dramaturgia ser como uma colcha de retalhos composta por vários fragmentos de poemas, letras de músicas, trechos de filmes e textos biográficos.
Dirigidas pelo Pernambucano Edjalma Freitas as atrizes, Jayne Cardoso, Karen Barroso, Kaline Barroso e Marcelle Grécia, interpretam: Helena, Mercês, Flor e Geralda, nomes inspirados na música, tema do espetáculo, ‘Casa aberta’ de Milton Nascimento.
O espetáculo segue com uma marcação em que a imagem tenha tanta força quanto a palavra, como se no espetáculo houvesse um ligamento entre essas imagens, um ballet de gestos e palavras de alto impacto visual- fortes, sensuais e tristes, esses corpos teriam que estar carregados desses mesmos sentimentos, mesmo que estivessem parados em cena, como uma própria escultura.
No caminho do processo de montagem do espetáculo, nos deparamos com uma montagem do Grupo XIX de Teatro de São Paulo, que montara um espetáculo que tinha a histeria como fundo para sua dramaturgia, curiosos sobre este processo e a questão do estudo da mulher no final do século XIX, início do séc. XX e inspirados na experiência do Grupo Século XIX, separamos a plateia masculina da plateia feminina e os homens são colocados como espectadores das mulheres, sem direito a voz numa posição distanciada, da qual pode analisar os fatos sob outro ponto de vista.
 
Em cena quatro mulheres, retratam a situação da mulher em diversas épocas e refletem momentos de suas vidas, como família, sexualidade, violência e amor, abrindo esse universo íntimo no palco. A vida dessas mulheres fictícias, é contada por elas mesma através de suas narrativas.

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página